segunda-feira, 30 de julho de 2012

A verdadeira morte

Interiormente nascemos, crescemos e morremos inúmeras vezes. Algumas vezes somos capazes de ressuscitar, outras, vamos enterrando parte de nos, até ao dia em que, por nos irem matando vezes demais, enterramos tudo por completo. 

Lisboa, 27 de Julho de 2012

Finais felizes

Não me venham falar de finais felizes… Todos os finais implicam um abandono (seja ele físico ou psicológico) que, por melhor que seja, terá sempre um sabor amargo.


Lisboa, 25 de Julho de 2012

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Vulgar? Não, obrigada!

Há uns anos um professor disse-me que eu pensava e sentia demais, na altura não lhe dei resposta… Hoje, provavelmente, dir-lhe-ia que um dos maiores problemas da nossa sociedade está na falta de pensamento e de sentimento, dir-lhe-ia que por isso mesmo vivemos num rebanho estúpido e sem sentido em que se perdeu a noção das coisas, em que se perdeu o sentido da nossa essência, a verdadeira felicidade e a paz. Dir-lhe-ia que por isso mesmo vivemos numa época em que se compra, se apaixona, se exibe apenas a aparência e que a continuarmos rodeados de cascas ocas, aparentemente felizes e extremamente divertidas, estamos a ser arrastados para o vazio total. Se era isso que o professor (e outros!) procurava, então que se divirta a ser mais um no rebanho. Eu prefiro levar tudo ao limite e fazê-lo da melhor forma que sei, prefiro pensar por mim, prefiro sentir, prefiro ser uma “ovelha negra” com a certeza que no final da vida vou olhar para trás e sentir-me bem por ser diferente em vez de ser apenas mais uma como tantas outras. 
O vulgar e o fútil que fique para quem é banal.

Lisboa, 25 de Julho de 2012

sexta-feira, 20 de julho de 2012


Lançamento do livro "Palavras Revertidas", na livraria Bertrand em Ponta Delgada, no dia 30 de Agosto, às 18h30.

O domínio da mulher

Podes deitar o teu ego de rei por terra
Rebelde soldadinho de chumbo
Telecomandado por explosões espontâneas
Afinal o domínio está em mim
De te usar e procriar
De fazer uma versão melhorada de ti

Triste(mente) soldadinho de chumbo
Previsível nas voltas e no marchar
Feliz(mente) estúpido
Disparas a tua própria arma contra ti
Em leitos desconhecidos e gastos
És apenas mais um a ser usado
Por quem lá longe já perdeu a conta
E o respeito de ser mulher

Usa a cabeça antes de disparares
(In)feliz estúpido
Trocaste um lugar no topo
Por uma valeta devassa

Vou-me rindo...
Os estúpidos caem sempre sozinhos.

Lisboa, 20 de Julho de 2012