quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

A perspectiva


A perspectiva que temos em relação à vida varia consoante a nossa posição perante ela. Os caminho que percorremos são uma escolha apenas nossa: decidimos até que ponto vamos e como nos posicionamos. Escolhemos os momentos de descanso, os trilhos de corrida e os pontos de mudança. 
Fica parado no inicio da corrida quem tem medo de viver. 


A vida sabe melhor vista do topo de nós próprios, onde só chegam os destemidos.


Ponta Delgada, 24 de Fevereiro de 2013

Sorrisos


Estrela cadente


(No silêncio da noite, a observar aquilo que o dinheiro não compra: a paz do céu)


-Vês, lá no alto, uma estrela cadente?
-Onde? - perguntou ela.
-Ali. É a que brilha mais mas só a vemos de passagem.
-Porquê? Se é a mais bonita deveria estar sempre lá.
-Se estivesse sempre lá, se a pudesses contemplar para além das nuvens, todas as vezes, deixarias de lhe dar valor, deixarias de ter vontade de a encontrar todas as noites, seria banal e apenas mais uma como tantas outras... (...) Pede um desejo.
-Já pedi.
-Guarda-o para ti e lembra-te, se nos concentramos apenas a contar as outras estrelas, corremos o risco de não ver as estrelas cadentes. São elas que fazem valer cada momento em que olhamos o céu... E passam depressa...
-Muito depressa?
-Tão rápido quanto a vida...

Ponta Delgada, 26 de Fevereiro de 2013



terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Distância espacial

Os verdadeiros sentimentos não se tornam mais pequenos só pelo facto da distância espacial entre duas pessoas se tornar maior. Se morrem, é porque nunca existiram.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Trincar a vida

Arruma o que ainda sobrou, apaga a luz e fecha a porta (outras se abrirão). Leva dentro da mala apenas as boas recordações e não olhes para trás. Esquece-te da chave e de tudo o que te magoou dentro de casa. Guarda na memória todos os momentos de paz e de alegria. Aprende com os erros e não os voltes a repetir. Olha em frente, até onde o teu olhar chegar. Olha além do infinito, lá longe, onde ninguém te pode alcançar. Solta a mente em sintonia com o coração. O medo é uma amarra da qual só tu te podes soltar. As barreiras são apenas percalços que tens de derrubar. Cria metas e supera as tuas próprias expectativas. Surpreende-te. Vive o presente como se o amanhã não existisse. Trinca a vida com prazer. Passa pelo tempo, não o deixes passar por ti. Aproveita a vida, aproveita o que ela te dá de melhor. Vive sem medo de cair e, se caíres no meio da escuridão, lembra-te que só assim poderás valorizar a luz. Traça o teu caminho. Esta é uma viagem só tua, não a desperdices.

Lisboa, 4 de Fevereiro de 2013

Até que a morte nos separe


No fundo acho que o amor é uma paixão demorada: leva mais tempo a crescer e, se for verdadeiro, nunca morre. No fundo acho que o amor capaz de nos dar vida dura "até que a morte nos separe".

Algures no meio da capital de um país vendido aos bocadinhos, no século das gerações perdidas.

Lisboa, 8 de Janeiro de 2013

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Os príncipes e os burros


Felizmente, os contos da Disney já foram escritos há anos, assim ainda podemos sonhar (pelo menos enquanto a ingenuidade durar!). Se tal acontecesse nos dias de hoje, seria a princesa a salvar o príncipe da sua torre de negócios, onde ficou enclausurado a vida inteira, à frente de um computador e de onde vê o mundo, não por uma janela no castelo mas, por uma janela no ecrã. Os dragões vestiriam fatos e gravatas (ou mini saias e sapatos de salto alto). O único sonho dos príncipes não seria um amor eterno mas, uma coleção de “amores” finitos. O veneno iria aparecer em forma de dinheiro (ou cartão, para ser mais chique!) e não em forma de maça. As lutas deixariam de ser por causas justas (se as guerras fossem justas jamais seriam os inocentes os massacrados…). As bruxas passariam a ser os únicos seres realmente fidedignos em relação à sua imagem (conheço algumas!). E quanto aos burros? Bem, esses nunca deixarão de ser burros.

Lisboa, 2 de Fevereiro de 2013