segunda-feira, 29 de julho de 2013

Nostalgia


Apetece-me pegar na nostalgia e atirá-la pela janela fora, do andar mais alto do prédio. Apetece-me vê-la cair no chão, em sangue e ficar lá a gemer, meia morta, durante uma hora (no mínimo!), enquanto berro cá de cima: “FODE-TE!” (em plenos pulmões, até perder a voz). Fode-te porque não és mais do que a saudade de momentos que não voltam, não és mais do que um conjunto de memórias que não partem, não és mais do que uma melancolia idealizada, provavelmente não tão perfeita no passado real quanto no presente das memórias. Por isso, fode-te. Liga para o 112. Chama lá quem tu quiseres, desde que esse “alguém” não seja eu. E não grites muito alto que quero dormir em paz. 
Ps.: Avisa os outros sentimentos da treta que se fizerem barulho vão fazer-te companhia. 

Lisboa, 16 de Julho de 2013

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