sábado, 3 de março de 2012

Frestas

Há uma brisa leve que trespassa o meu corpo na lentidão das horas que desejo terem fim, uma amena sensação que me abraça e aperta junto ao tempo que, sem tempo, delimita o inicio e o fim, marca o percurso deste atraso apressado que me tira o ar e a razão, que me atira para o chão num farrapo desbotado de alma evaporada em rastos de fumo… E fico. Fico até que o pó me escoe entre as frestas feridas do sobrado que me susteve corroída e de fôlego acorrentado.

Lisboa, 4 de Março de 2012




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