Para desaparecer numa nuvem de vapor
O espelho baço não me enxerga
Nem me deixa mirar as curvas deste corpo
Por onde passeio as mãos e me sinto húmida
A trémula chama vermelha de fogo aceso
Incendeia-me de sombras e ressalta o teu espírito
Fumega a água fervilhante na selha onde mergulho
E no negro desta labareda enamorada
Vejo-nos desnudos num quadro ríspido
Pintando por salpicos de suor e gemidos poderosos
Lisboa, 7 de Março de 2012
Sem comentários:
Enviar um comentário