sábado, 19 de janeiro de 2013

O veneno para a cegueira da alma


Deixei um recanto de mim no canto frio ao fundo. Gélidas paredes e um chão, sem chão, onde deitei o corpo dormente. Finos dedos que se estenderam até ao tecto, até ao topo de mim. Quatro paredes errantes, seguraram um tecto que não era meu, um falso tecto que desmoronou. Esta casa sem lar é a morada de uma alma sem-abrigo, quem sabe, sem amigo. 
A fome do corpo foi, talvez, o veneno para a cegueira da alma.
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Lisboa, 16 de Janeiro de 2013

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