sábado, 19 de janeiro de 2013

Poesia



Não sei se é a poesia que pertence ao mundo ou se é o mundo que pertence à poesia. Sei apenas, que quem não a vê, certamente, não a entende. Quem não a entende, certamente, também não entenderá o mundo.
Nesta volta, sem volta, será a poesia parte de mim ou serei eu parte da poesia? Nesta questão, inquestionável, quem não a entende, certamente, não se entenderá a si próprio. Será a poesia a arte da beleza ou será o belo a poesia e, em tudo o que é belo, estará a rima de cada sentido, num êxtase de liberdade aprisionada à medida de cada sensibilidade, de cada imaginário...? Será a poesia parte de mim e desta feliz liberdade que me solta e ao mesmo tempo me prende? Ou será esta liberdade prisioneira que me faz sentir poesia no que me rodeia e, quem sabe, talvez em mim...?

Lisboa, 11 de Dezembro de 2012

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