Não sei se é a poesia que
pertence ao mundo ou se é o mundo que pertence à poesia. Sei apenas, que quem
não a vê, certamente, não a entende. Quem não a entende, certamente, também não
entenderá o mundo.
Nesta volta, sem
volta, será a poesia parte de mim ou serei eu parte da poesia? Nesta questão,
inquestionável, quem não a entende, certamente, não se entenderá a si próprio.
Será a poesia a arte da beleza ou será o
belo a poesia e, em tudo o que é belo, estará a rima de cada sentido, num
êxtase de liberdade aprisionada à medida de cada sensibilidade, de cada
imaginário...? Será a poesia parte de mim e desta feliz liberdade que me solta
e ao mesmo tempo me prende? Ou será esta liberdade prisioneira que me faz
sentir poesia no que me rodeia e, quem sabe, talvez em mim...?
Lisboa, 11 de Dezembro de 2012
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