segunda-feira, 29 de julho de 2013

Escolhas


Vivemos de escolhas. Apenas os sentimentos vão além das escolhas. Apenas o incontrolável vai além das escolhas. E o que sinto é incontrolável. E o que sinto é um misto entre o doce e o amargo. E o que sinto é tão intenso que por vezes já nem sei se sinto, nem como sinto, nem porque sinto. Não sei porque sinto assim.
Em algum momento as minhas escolhas iniciais levaram-me ao que sinto e não escolhi, não queria escolher, o que sinto. A verdade, aquela que doí, é que o sinto. E não se controla o incontrolável e não se explica o óbvio. Haverá necessidade de explicar o que se sente quando os outros conseguem sentir o que temos para explicar!? Não. 
Só consigo explicar as escolhas, não o que sinto, porque o que sinto é tão óbvio que dói. É tão óbvio que todas as explicações ficariam aquém. Todas as explicações ficariam pela superfície e o que sinto, este óbvio, este incontrolável que dói, é tudo menos superficial. É tudo menos uma escolha. Tu és tudo menos uma escolha.

Lisboa, 28 de Junho de 2013

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